A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT) divulgou uma nota nesta quarta-feira (18), sobre a recente atualização do aplicativo X, que agora utiliza endereços de IP vinculados ao serviço Cloudflare. A alteração, realizada há aproximadamente 15 horas, “tornou o bloqueio do aplicativo muito mais complicado”, de acordo com a nota.
Os usuários que tinham o aplicativo instalado em seus dispositivos receberam a atualização automática, que mudou a forma como o X opera, passando a utilizar IPs dinâmicos que mudam constantemente. Isso difere do sistema anterior, que utilizava IPs fixos e facilmente bloqueáveis. “Bloquear um IP sem afetar outros serviços legítimos é praticamente impossível”, explicou a ABRINT.
Cloudflare é um proxy reverso em nuvem que visa proteger e otimizar a performance de serviços online. A utilização dessa tecnologia pelo X “permitiu uma resistência mais eficiente contra bloqueios”, já que os IPs estão sempre mudando e sendo compartilhados com diversas plataformas, como bancos e serviços de internet.
Os provedores de internet, que representam mais de 53% do mercado de banda larga no Brasil, encontram-se em uma situação delicada. “Não podemos tomar ações individuais sem uma orientação oficial da Anatel, pois um bloqueio inadequado poderia afetar empresas legítimas”, alertou a associação. Eles estão aguardando instruções e análises técnicas da Anatel para decidir como proceder em relação ao aplicativo. A ABRINT continuará monitorando a situação e informando seus associados.
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